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domingo, 1 de março de 2009

PREVENÇÃO DE ACIDENTES - Leitura Obrigatória


PREVENÇÃO DE ACIDENTES


Quando tratamos com vidas, sempre devemos ter o cuidado que elas merecem e lembrar sempre que cada uma delas é especial e insubstituível. Por isso, fizemos este capítulo, pois o consideramos imprescindível, na medida em que sua simples leitura – desde que acompanhada das medidas recomendadas - pode vir a evitar acidentes que lamentaremos por toda a nossa vida.A seguir, citaremos uma série de situações passíveis de acidentes e que dever ser evitadas.
ATAR CÃO PRÓXIMO A MURO, CERCA OU GRADE.
Soube de vários casos de proprietários que o cão fugia após pular o muro da casa ou pular a grade do canil. Um deles, inclusive, já criava cães há muitos anos e tinha numerosos exemplares. Sem se dar conta do perigo, os “artistas” amarraram os cães para que não pulassem o obstáculo ou, se o pulasse, não pudesse ir adiante.Não tiveram, no entanto, o bom-senso de medir o tamanho da corrente com a qual prenderam o cão para que fosse, ou curta suficiente para que o animal não chegasse até o obstáculo ou longa o suficiente para que, se o pulasse, não ficasse pendurado. Triste foi o momento de encontrar o cão morto enforcado pendurado pelo pescoço.Nunca se deve prender um cão a uma corrente próxima a um muro ou equivalente sem a devida cautela para que o comprimento da corda não se finde exatamente na altura entre o começo do muro e o solo.São inúmeros os casos que soube notícias. Conselhos aos proprietários que nos compram filhotes a esse respeito, bem como a todos que têm cães, pode evitar esses episódios lamentáveis. Só da raça dogue brasileiro soube de dois cães que pereceram dessa forma.
ATAR CÃO EM VARANDA, SACADA, ETC. MAIS ALTA QUE O SOLO.
Da mesma forma, este tipo de acidente, bem parecido com o relatado anteriormente, pode ocorrer. Uma vez, fui cruzar uma cadela dogue brasileira e ao chegar até a casa do dono, soube que o macho que a reproduziria – um cão belíssimo – havia sido enforcado ao cair da varanda do segundo andar. A corrente, também não era curta suficiente para que o animal não chegasse até a borda da varanda nem longa o suficiente para chegasse ao térreo.
ATAR CÃO COM CORRENTE LONGA SEM AMORTECEDOR.
Uma corrente com mais de quatro metros pode ter a distância suficiente para que um cão com boa aceleração adquira velocidade suficiente para que venha a quebrar seu pescoço ou ter graves problemas na coluna vertebral cervical, torácica ou lombar, principalmente hérnias de disco. Ao invés de uma corrente longa, via de regra, é preferível um cabo de aço longo pelo qual corre uma corrente mais curta. Mesmo assim, ao final deste cabo de aço, o ideal é que não tenha como o cão continuar sua trajetória até o ponto de ser parado pelo fim da corrente. O melhor, no caso de realmente o cão precisar ser preso por corrente, é que ela termine em algum outro obstáculo – como uma parede – que obrigue o cão a parar antes que a corrente seja esticada até o limite. Caso isso não seja possível, uma idéia é colocar um amortecedor na corrente, que pode se constituir de uma mola muito forte ou, até, de um pneu velho que unirá uma corrente à outra, servindo como um amortecedor natural. Deve-se cuidar para que o cão não roa o pneu, pois este em seu redor tem uma alma de arame de ferro que acabará por destruir os dentes do cão, caso estes cheguem até tal arame.
DEIXAR O CÃO COM COLEIRA PRÓXIMO A GRADES COM LANÇAS.
Um dogue brasileiro, um dos melhores já existentes, morreu enforcado, vítima de sua coleira ficar presa em uma lança da grade. Em caso da altura da grade ser baixa, ou do cão poder escalá-la, deve-se deixar o cão sem coleira.
GRADES COM LANÇAS PONTIAGUDAS.
Cães podem ferir-se seriamente ao tentar pular grades com lanças. Soube de vários casos, por sorte, nenhum fatal. Mas, a possibilidade de acidente fatal é real conforme o local e extensão do ferimento, bem como o tempo a que o animal fique preso com o corpo perfurado.
MUROS OU EQUIVALENTES NÃO SUFICIENTEMENTE ALTOS PARA IMPEDIR QUE O CÃO OS PULE.
Nessa forma de acidente, além da vida do cão que pode ser perdida, por atropelamento ou qualquer outra forma de violência, há o risco para a integridade de pessoas ou animais caso o cão seja agressivo. Há também o risco de fuga e da perda do animal.Muros e grades devem ser aumentados em sua altura até que o cão não tenha capacidade de transpô-los. Três metros é a medida mínima para deter um cão da raça dogue brasileiro. Nem todos cães dessa ou de qualquer outra raça aprendem a pular muros, mas há aqueles com propensão inata para esse mister. Um cão que, por exemplo, galgue um muro de um metro e meio, logo pulará um muro de dois metros. Se o primeiro muro já fosse de dois metros, é provável que o cão nem pensasse em galgá-lo. Isso também não é certo. Uma cadela dogue que foi trocada de ambiente pulou um muro de dois metros e quarenta centímetros sem que nunca houvesse saltado sobre nenhum outro muro anteriormente. O que devemos ter em mente, é que um cão que já tenha aprendido a pular um muro de, por exemplo, um metro e meio, muito mais provavelmente pulará outro muro com 50 ou 60 centímetros a mais do que um cão que nunca tenha pulado nenhum muro.
CORRENTES SEM DISTORCEDOR.
É outro modo de enforcar o cão. O cão preso pode inadvertidamente girar e torcer a corrente ou corda, que irá encurtando e, concomitantemente, torcendo também a coleira, que irá se apertando até esganar o cão. Soubemos do caso de um pastor alemão que perdeu a vida dessa forma.Portanto, jamais deveremos atar um cão a uma corrente sem o devido distorcedor.
ATAR CÃES COM CORDAS, GUIAS OU EQUIVALENTES QUE POSSAM SER CORTADAS PELOS DENTES DO ANIMAL.
Neste caso, incorreremos-nos mesmos tipos de riscos do muro baixo, com possibilidade de fuga, ferimento ou morte para o cão e risco a integridade de outros animais ou pessoas.Cães, quando atados, o devem ser através de correntes, embora essa não seja a melhor maneira de manter um cão.
DEIXAR AO ALCANCE DO CÃO FIOS, TOMADAS, INTERRUPTORES E EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS.
São inúmeros os casos de cães que morreram eletrocutados ao morder fios e objetos com tensão elétrica. Soube de uma dogue brasileira que, ao tentar escavar por baixo de uma tela, encontrou uma fiação subterrânea, a qual cortou com os dentes e morreu eletrocutada. Uma cadela filhote da raça São Bernardo a qual havíamos brincado no dia anterior, soubemos, morreu eletrocutada ao roer uma tomada de eletricidade.Nos locais onde os cães perambulem, não deve haver fios expostos e as tomadas e interruptores sempre devem estar bem altos do chão. Aparelhos elétricos ligados a tomadas devem ser rigorosamente evitados. Caso haja necessidade de fiação subterrânea, esta deve ser protegida com canos de ferro além de eletro duto interior ao cano de material isolante.
DEIXAR CÃES PERAMBULANDO COM ACESSO A PISCINAS E TANQUES.
Soube de quase toda uma ninhada de dobermanns que se afogou na piscina na casa de seu criador. As piscinas devem ser cercadas com grades altas para evitar acidentes com animais e crianças. Uma alternativa para isso são as redes que se colocam sobre a piscina quando não estão em uso. O problema maior dessas redes é esquecimento de colocá-las e a preguiça de estar sempre as recolocando.Outra boa forma de evitar o problema é que a piscina tenha em toda sua volta um degrau submerso que permita que o cão suba de volta para a margem.Embora os cães saibam nadar, se não houver meios para que saiam da água, em pouco tempo perderão as forças e se afogarão. Infelizmente, se fôssemos relatar, teríamos inúmeros casos.
CÃES CIRCULANDO EM GARAGENS E OUTRAS PASSAGENS DE VEÍCULOS.
Inúmeros são os casos, principalmente de cães pequenos e filhotes que são atropelados pelos seus próprios donos ao manobrarem automóveis. Antes de manobrar o carro, sempre se devem prender os cães, exceto os animais de grande porte e já acostumados com tal rotina. Mesmo assim, as manobras devem ser lentas o suficiente para que dêem tempo para que o cão se desvie da rota do veículo ou, se o atropelar, não o realizar com gravidade. Já os cães pequenos não serão simplesmente abalroados pelo carro, mas esmagados pelos pneus, e mesmo manobrando devagar o veículo, corre-se o risco de matá-los.
PERMITIR INADVERTIDAMENTE QUE O CÃO ESCAPE PELO PORTÃO AO SAIR COM O CARRO.
É comum que o proprietário com pressa não preste muita atenção ao fechamento do portão. Além disso, o cão geralmente é baixo para ser visto pelos retrovisores e através da janela oposta à do motorista e sai sem ser notado. Os riscos são, entre outros, de fuga, de ataque a pessoas ou animais e de atropelamento. O melhor é que os cães não tenham acesso à saída e entrada de veículos.
PORTÃO DE GARAGEM ELÉTRICO.
Cães pequenos e filhotes podem com facilidade ser mortos esmagados pelo portão elétrico de garagem. Soube que um pinscher adulto e um filhote de dogue brasileiro que morreram nessas situações. São também inúmeros os casos sabidos de cães que assim foram perdidos e muitos nunca mais encontrados.Os portões elétricos que se deslocam lateralmente ao invés de se levantar são ainda piores, principalmente se forem feitos com grades. O cão pode colocar a cabeça entre as grades e ser morto nessa situação.Existe um dispositivo que acoplado ao motor faz com que o portão retorne a qualquer resistência que o portão encontre. Deve ser sempre colocado quando houver animais domésticos ou crianças na casa.Como no item anterior, não se deve permitir o acesso de cães às saídas e entradas de veículos.
ELEVADOR.
Portas de elevadores, principalmente as de modelo antigo, podem esmagar o focinho dos cães. As portas de correr pantográficas permitem que o cão coloque o focinho através da grade e o prendam entre os andares. Soube de um filhote de bull terrier que teve todo o focinho esmagado de tal modo e teve que ser sacrificado.Portanto, muito cuidado ao andar de elevador conduzindo cães. Jamais os conduzam soltos, principalmente nos elevadores de modelos antigos.
MOSQUETÕES, GUIAS, COLEIRAS, PEITORAIS E ENFORCADORES DE MATERIAIS FRACOS, MAL ELABORADOS, MAL COLOCADOS OU INAPROPRIADOS PARA O CÃO.
Tais utensílios podem se arrebentar os se desprender do cão. Com isso, podemos ter atropelamentos, brigas – por vezes fatais, principalmente quando há diferença grande de tamanho entre os cães, fugas, ataques a pessoas e constrangimentos de ver nossos cães sujando as roupas de estranhos, etc.Todo material escolhido para uso em passeios deve ser de boa qualidade e apropriado para o tamanho (nem grande demais, nem pequeno demais) e a força do animal.Muito comum também são os mosquetões do tipo em que uma mola plana faz parte da cadeia que prende o mosquetão na argola da coleira. Com um simples girar da cabeça, o cão pode fazer com que a argola da coleira pressione a mola e esta se abra e solte o cão. Tal tipo de mosquetão não deve ser utilizado, principalmente atado diretamente à coleira. Em caso de uso para atar o cão em local fixo, deve-se colocar uma pequena corrente (pode ser um enforcador de elos) entre o mosquetão e a argola da coleira (ou à coleira em si).Coleiras e peitorais colocados frouxos são de enorme perigo para que o cão se solte simplesmente tracionando seu pescoço.
FOLHAS (TELHAS) DE ZINCO OU OUTROS METAIS USADAS IMPROPRIAMENTE COMO DIVISÓRIAS.
O risco de uma folha de metal causar ferimento fatal a um cão ocorre quando a folha está colocada na vertical com a borda perpendicular ao solo. Esse risco existe quando há um casal e os cães possam vir a copular. O pênis do macho pode ser cortado pela folha de metal, que se coloca entre macho e fêmea, e o animal sangrar até a morte. Soube de isso acontecer a um dobermann e a um outro cão o qual não recordamos a raça. Tal tipo de acidente não é tão raro ou improvável quanto parece.Portanto, telhas e folhas de metais não devem ser colocadas como divisórias onde houver cães, principalmente casais.
PORTAS, DOBRADIÇAS, FERROLHOS, TRINCOS, TELAS, GRADES, FECHOS, ETC. FRACOS, MAL COLOCADOS OU INAPROPRIADOS PARA PRENDER ANIMAL.
Os riscos que tais elementos podem levar são os de fuga, atropelamento, ataque a animais ou pessoas, etc. Portanto, todos elementos usados para impedir a saída de um cão de seu canil ou de sua área restrita devem ser de qualidade, colocação e uso adequados. Perdemos uma cadela boxer morta por um bull terrier em função de um trinco estragado. Em outra feita, perdemos nosso jaboti em virtude de ataque de outro bull terrier. A carapaça do pobre animal não foi suficiente para deter a fúria do cão.
TELHAS TRANSLÚCIDAS OU TRANSPARENTES EM CANIL FECHADO.
Em locais mais frios, usa-se construir canis com abertura em somente um de seus quatro lados. Telhas translúcidas permitem que a luz e o calor do sol passem por elas, mas não permitem a saída do calor, funcionando como uma estufa. O calor armazenado poderá com facilidade matar os animais. No nosso canil, muitos anos atrás, isso ocorreu em um dia mais quente. Felizmente estávamos em casa e impedimos o que seria uma tragédia, regando o telhado com mangueira e o cobrindo imediatamente com material opaco. Posteriormente, tivemos que recobrir todo o telhado.
DEIXAR CÃES EM VEÍCULOS FECHADOS. Pode ocorrer exatamente o mesmo do item anterior, só que com bem mais gravidade. O número de cães, quanto maior, mais aumenta as chances de óbito. Não só o calor pode matar os cães, mas a falta de ar.
TRANSPORTAR CÃES EM PORTA-MALAS DE VEÍCULOS.
Idem, mesmo em dias que não são de sol.
TRANSPORTAR CÃES EM VEÍCULOS ABERTOS OU COM JANELAS ESCANCARADAS.
Risco de morte por queda ou atropelamento.
TRANSPORTAR CÃES AMARRADOS SOBRE CARROCERIAS DE CAMINHÕES OU PICK-UPS.
Se a corda não for bem curta, o cão pode pular ou cair e morrer da queda, enforcado ou esfolado sobre a pista. Lembrem-se também que cordas podem ser cortadas pelos dentes do cão.
ATAR CÃES EM VEÍCULOS PARADOS.
O condutor do veículo pode se esquecer ou desconhecer que o cão está preso ao veículo e o arrastar até a morte. Isso para não citar os casos de dolo e maldade.
JANELAS E SACADAS DE EDIFÍCIOS.
Risco de queda e morte. Cadeiras, sofás, camas, etc. devem ser afastados das janelas. Em sacadas, muitas vezes a contenção não é feita para cães, e estes, brincando, podem se esquecer do perigo da queda e cair. Soubemos do caso de um cão dálmata que pulava de uma cobertura para outra em um condomínio de apartamentos. Um dia, se confundiu e pulou para fora do prédio de vários andares.
POÇOS.
É outro perigo real. Um cão pode cair e se afogar ou mesmo ficar sem ser achado até morrer de inanição. Todos poços devem ser tapados para evitar a queda de animais e pessoas.“
BOCA DE LOBO”.
As “bocas de lobo” (bueiros grandes desprovidos de grades) também são locais onde um cão pode entrar e não mais conseguir sair até morrer de fome e sede.
POÇOS DE ELEVADORES.
Sempre que abrir a porta do elevador, verifique que ele está no andar antes de permitir que o cão entre. O mesmo vale para as crianças.
INSETICIDAS, PRODUTOS DE LIMPEZA E DEMAIS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS.
Os cães devem ser retirados durante sua aplicação. Conforme substância necessita que seja enxaguada após o uso ou que decorra um determinado tempo para que os animais voltem ao ambiente. Para isso, devem ser cuidadosamente lidas todas informações sobre o produto. Embalagens, mesmo vazias, devem ser tiradas do alcance dos animais.
APLICAÇÕES DE INSETICIDAS.
Em banhos contra pulgas, carrapatos e outros ácaros, como os que produzem as sarnas devem ser criteriosamente observadas as concentrações, as doses e o intervalo entre as aplicações, de modo que sejam suficientes para surtir o efeito desejado e não demasiadas para que não intoxiquem os cães.
VERMICIDAS. O mesmo vale para vermífugos (vide Capítulo “CUIDADOS GERAIS E ALIMENTAÇÃO”). Doses exageradas ou impróprias para faixa etária podem ser letais. O albendazol, mesmo na dose recomendada, é mortal para filhotes. Nunca se deve usá-los em cães não-adultos.
MEDICAMENTOS.
A invermectina é mortal para cães ovelheiros, collies e raças afins. Tais raças não conseguem metabolizar o medicamento até que este provoque encefalopatia medicamentosa, mortal e irreversível. Depois de aplicada, somente uma transfusão sangüínea total poderá criar chances de salvar o cão. Na maioria das raças, a invermectina não produz riscos de letalidade dada nas doses recomendadas.Alguns antiinflamatórios de uso humano não devem jamais ser aplicados em cães. O exemplo clássico é o diclofenaco. Outro exemplo é o albendazol que na doses indicadas pela literatura simplesmente mata muitos cães. A dose máxima é de 3mg/kg de 12 em 12 horas por 3 dias. Uma dose maior pode matar o cão.Medicamentos humanos e veterinários, outrossim, devem ser cuidadosamente guardados fora do alcance de animais e crianças.
PLANTAS TÓXICAS.
Toda planta antes de ser colocada em um jardim ou vaso que esteja ao alcance do cão deve ser conhecida para saber se é ou não tóxica. As que forem tóxicas obviamente devem ser proibidas. O mesmo deve ocorrer quando colocamos um cão em um local onde haja plantas estranhas para nós. Um caso clássico de planta tóxica é a “comigo-ninguém-pode”, mas existem muitas outras plantas de alta toxidade sobre as quais devemos fazer consulta a um botânico ou um bom prático de jardinagem.
ANIMAIS PEÇONHENTOS.
Locais onde habitem animais como cobras, vespas, marimbondos, sapos, escorpiões, aranhas, abelhas, lacraias, etc. devem ser vistoriados e limpos. Tais animais deverão ser erradicados antes da colocação do cão, ou o cão não deve ser colocado no local. No caso dos sapos, recomendamos que os mesmos sejam levados a outro habitat onde possam sobreviver, já que se trata de animais úteis e simpáticos. Lagartixas e lagartos (exceto duas espécies raras que não existem no Brasil não têm veneno nem representam perigo ao cão e a outros animais domésticos – obviamente, que deixamos também de fora os dragões de Komoto). Pererecas também não são venenosas e podem ser deixadas no local. A preocupação maior será a de proteger tais animais dos cães.Cobras são perigos reais e que matam muitos milhares de cães por ano só no Brasil. Cães soltos em fazendas sempre correm tais perigos. É algo difícil de evitar, na medida em que alguns cães têm como meta trabalhar em áreas rurais. Mas, sempre que possível devemos estar atentos ao perigo e tomar as medidas cabíveis. O soro antiofídico é elemento que não deve faltar na farmácia de um fazendeiro. Gaviões e lagartos são animais úteis e que devem ser protegidos. A despeito de um ou outro pinto que vitimam, matam cobras e limitam seu número, desde que não perseguidos pelos homens.Excesso de roedores, por outro lado, atraem cobras. O milho e demais cereais devem ser guardados de forma a que não atraiam ratos. O gato é elemento cuja presença elimina e espanta esses pequenos roedores. Se os cães puderem conviver com gatos, indiretamente estarão por eles protegidos. Outros animais úteis no combate aos ofídios, bem como a aranhas, são os gansos e as emas.
Colméias de abelhas nunca devem ficar próximas aos cães, principalmente se mantidos em canis ou atados. Perdemos um bull terrier, no início da década de 1980, pelo ataque de abelhas. Outro bull terrier e a famosa Tigresa de Tasgard foram atacados e só sobreviveram pela ação imediata de tratá-los. Quase que a raça dogue brasileiro perde sua matriarca antes mesmo que tivesse sua primeira ninhada por causa do nosso descuido em permitir que esses insetos fizessem sua colméia próxima à nossa casa. Simplesmente a raça não existiria, não fosse nossa rápida ação naquele momento. O tratamento contra picadas de abelha é adrenalina IM, além de outros suportes que se fizerem necessários.
PORCOS-ESPINHOS.
São outros animais que devemos evitar que os cães tenham contato com eles. Embora não sejam letais, os espinhos do porco-espinho são doloridos e difíceis de serem retirados. A exemplo dos sapos e lagartos são animais que não devem ser abatidos. Além do mais, são protegidos por lei, constituindo-se crime seu abate. Devemos evitar que os cães perambulem em locais onde habitem porcos-espinhos. Caso não sejam retirados com brevidade, os espinhos acabam por infeccionar, impedir a alimentação do cão e causar a sua morte.
CÃES ATADOS PRÓXIMOS A GRANDES ANIMAIS.
Um cão é um animal ágil, mas sua agilidade de pouco lhe adiantará se estiver atado. Alguns touros, vacas e cavalos odeiam cães e podem se aproveitar dessa situação para pisoteá-los ou chifrá-los até a morte. Se a corrente é longa, o cão provavelmente se safará da situação, mas uma corrente curta e que não permita muita mobilidade ao cão, poderá ser fatal nessa situação.
CÃES DOMINANTES SOLTOS JUNTOS.
Dois ou mais cães com dominância de qualquer raça, cedo ou tarde brigarão pela liderança. Geralmente, isso ocorre em animais do mesmo sexo e mais comumente ainda em machos. As brigas podem trazer ferimentos graves, seqüelas e óbito de um ou dos dois animais. Ao sairmos de casa, ou seja, quando não houver quem possa separar uma possível briga, os cuidados e as medidas preventivas, como separar os cães devem ser mais diligenciados.Afagos do dono a um cão na presença de outro, ossos, comida e objetos de disputa largados no pátio, fêmeas de cio ou por entrar no cio, precipitam as brigas e as tornam mais violentas. Às vezes, a disputa por liderança entre dois cães de guarda ocorre pela disputa, através de uma grade, de quem late e enfrenta mais uma pessoa estranha ou um animal.Muita precaução é a medida mais sensata para evitar o pior. Crer que cães criados juntos não vão brigar é ilusão. Irmãos de ninhada quando adolescentes podem se matar. Soube de um caso que um fila matou outro que era seu pai e fora criado com ele desde que ele era filhote.
GRADES QUE PERMITAM O CÃO COLOCAR PARA FORA SUA CABEÇA.
Cães, principalmente os pequenos, podem ser atacados por outros cães de modo fatal, caso exista uma grade que permita que coloquem a cabeça para fora em locais onde circulem outros cães. Isso inclui a via pública. Outras barras devem ser colocadas alternadamente entre as barras da grade, diminuindo sua malha até a altura que não possa ser alcançada pelos cães.
LOCAIS EXPOSTOS À MALDADE HUMANA.
Nenhum lugar exposto é seguro para um cão havendo a possibilidade de uma pessoa pérfida o envenenar ou roubar. Contra o envenenamento, usam-se iscas eletrificadas. Contra o roubo, usa-se elevar o drive de defesa do cão contra estranhos quando adulto. Sempre que possível, devemos evitar deixar nossos cães em locais expostos a serem alvos da crueldade alheia.
ANDAR SEM GUIA.
Por mais adestrado que seja um cão, o adestramento nunca irá cobrir todo tipo de situação. Em locais onde transitem veículos em relativa velocidade, jamais deveremos andar com um cão sem guia. O atropelamento talvez seja o tipo de acidente que mais mata cães.Além disso, cães mais agressivos não devem jamais andar sem guias. Mesmo que não ataquem pessoas, são ameaça constante à vida de cães pequenos, gatos e outros animais. Da mesma forma, cães pequenos conduzidos sem guias podem ir parar na boca de algum cão feroz.Soube do caso de um cão que se envenenou e morreu ao ingerir veneno de rato em um canteiro de plantas de um edifício.Outra razão é o constrangimento do cão causar medo em pessoas temerosas a eles. Existem pessoas que têm medos quase que irracionais, as chamadas fobias, mesmo por situações, animais e coisas que não oferecem perigo ou oferecem perigo irrisório. Soube do caso de uma mulher que se recusava veementemente a entrar em um túnel de tomografia mesmo necessitando de realizar o exame por razões de saúde. Um cão sem guia, principalmente, se de porte grande, poderá aterrorizá-las sem necessidade e trazer embaraços a seu dono.Exceto em lugares muito especiais, a guia sempre deve unir o cão e seu condutor.
FILHOTES ESMAGADOS PELA MÃE:
a melhor prevenção contra isso são as caixas de cria. Vamos, então, utilizar a definição deste artefato do “Dicionário de Cinologia e de Termos Correlatos”. Ela por si só nos explicará como utilizar a caixa de cria:“CAIXA DE CRIA – Artefato, coberto ou não, com abas laterais em todos seus lados onde os filhotes podem se proteger de ser esmagados pela mãe. Essas abas, para uma cadela de 20 a 40 quilos, devem possuir 11 cm de altura e uns 15 cm de largura, além da parte central, onde a mãe deve ter espaço suficiente para se deitar com conforto. Existem as Caixas de Cria abertas, que é simplesmente uma caixa rasa rodeado por abas internas, e as fechadas, onde além do que há nas demais, há seu fechamento por três dos seus quatros lados e cobertura. Estas são melhores, pois as cadelas confortam-se melhor nelas e ficam mais tranqüilas e confiantes. É conveniente que as caixas de cria tenham em seu piso um pequeno furo, em cada um dos seus quatro cantos, de aproximadamente um a dois centímetros de diâmetro, para que possam ser limpas, e pelos quais a água escorra.”FILHOTES PRENSADOS CONTRA AS ABAS DA CAIXA DE CRIA: Quando chegar o momento dos filhotes ficarem espertos o bastante para colocarem suas patas da frente na aba que os protege, eles devem ser retirados da caixa de cria, pois existe o enorme risco de que a mãe prense seus corpos contra a aba e lesione seriamente suas colunas vertebrais. Houve o caso da inesquecível Raica que ficou aleijada provavelmente devido a tal fator, precisando, até o fim de sua vida, da ajuda de uma “cadeirinha de rodas” para que se locomovesse.
LITERATURA DESINFORMADA:
Muito da literatura que está disponível na internet ou até em livros está errada e pode ser fatal se a usarmos. Por exemplo, há livros que citam uma dose de 25 a 50mg de albendazol de 12 em 12 horas por cinco dias. Essa dose é simplesmente fatal para muitos cães mesmo adultos e os leva a uma morte lenta e cruel. A dose correta de tal vermicida é de 3mg/kg de 12 em 12 horas, por apenas 3 dias.
Pedro P. R. Dantas

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